segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Paulo Franco


A MÁSCARA


Estranhamente posamos
sob um aspecto qualquer
da expectativa coletiva,
escravizando-nos
no corriqueiro cumprimento
do que é a nós determinado.

E não vivemos mais
além do ego servil
exposto aos olhares indigestos
que espreitam o estático.
As aparências
impõem funções,
senções, neuróticas reações
e deterioram as emoções.
Senso social maléfico?
Dialética?
Ética?
Ou réplica do caos coletivo?

Máscara fotográfica
da escravidão dos sentimentos,
encenação anômala
de fictícia missão vulgar.

Emoldurável pesadelo
a arrastar-nos nas relações
que reeditam o pânico
e mistificam o libido em meio ao sonho crônico.

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