A MÁSCARA
Estranhamente posamos
sob um aspecto qualquer
da expectativa coletiva,
escravizando-nos
no corriqueiro cumprimento
do que é a nós determinado.
E não vivemos mais
além do ego servil
exposto aos olhares indigestos
que espreitam o estático.
As aparências
impõem funções,
senções, neuróticas reações
e deterioram as emoções.
Senso social maléfico?
Dialética?
Ética?
Ou réplica do caos coletivo?
Máscara fotográfica
da escravidão dos sentimentos,
encenação anômala
de fictícia missão vulgar.
Emoldurável pesadelo
a arrastar-nos nas relações
que reeditam o pânico
e mistificam o libido em meio ao sonho crônico.
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